domingo, agosto 24, 2008

Desculpe, estranho


Eu voltei mais puro do céu.
[O astronauta de mármore - nenhum de nós]

quinta-feira, agosto 21, 2008

Inferno privê - Monólogo do dia frio




Morreram os atores. Meu teatro está face a face com a falência, tremendo as pernas como se viesse o próprio demônio. Nem os pobres românticos sobreviveram: de morte súbita em plena quinta-feira cinzenta. Sinto como se meu sangue entrasse em combustão sem motivo ou razão aparente, sinto como se me envenenasse com próprios venenos de culpa por próprios atos - os que de fato existiram e aqueles que adormeceram no mundo das idéias, esses bem mais tóxicos que os anteriores.
Guerra civil é pouco, vivo em explosões de seis segundos contados, evaporando meu sono cíclico. Seis segundos de longos anos que me apedrejam toda vez que faísca a memória. Palavras... Essas sim são confiáveis! Nem o tédio me surpreende mais.
Estou farto também de me sentir vazio, mundano, fazendo o que nao quero fazer, dizendo o que eu não quero dizer e vendo o mundo se acabar na frieza de frases curtas e mal ditas. Malditas frases curtas.
Boa noite, cadeiras vazias! Que as cortinas se fechem então.

terça-feira, agosto 19, 2008

Suspiros poéticos


Estou farto do lirismo forçado de cada aurora de café, e de menta, e de lágrima!

[Em preto e branco vejo eu

segunda-feira, agosto 18, 2008

Pepsi-cola (Homenagem [in]direta a alguém que, por ventura, faz aniversário hoje)


Os orientais, possuidores de uma sabedoria incrível, derramam lágrimas ao ouvir a palavra "aniversário". A tristeza consiste na ciência de que o indivíduo que assim se encontra viveu mais um ano num mundo onde reinam desigualdades, mentiras e seus afins, guerras e todas as características que o tornam cada vez mais inabitável - como que por ironia é, tambem, cada vez mais habitado.

Nós ocidentais, efêmeros que somos, compramos presentes e com todos os dentes possíveis cantamos melodias mal feitas. Uns, entretanto, preferem sorrir (sem dente algum) e copiar o que conhecidos ou até mesmo o próprio aniversariante fez um dia: dedicam palavras em endereços online... Fazem como a pepsi que, como dizem por ai, não passa da imitação da coca-cola e mesmo assim conquista fans de diversas latitudes (pelo menos não é kichuá). Proferem assim palavras de sinceros sentimentos.

Achei desnecessário citar nomes por medo errar na fórmula e virar dolly guaraná, mas evitar não pude: Rafael, velho... Parabéns. Felicidade é pouco, te desejo tambem tritezas para que com elas saiba glorificar os dias felilizes! Muito radiohead pra você (em pensar que a tempos atrás eu nao sabia nem escrever esse nome) E que o que chamamos de amizade dure por muitos e muitos anos - é dificil encontrar alguém do seu calibre com quem se possa dividir as páginas de um livro ainda idealizado, apenas.

P.S.: Não consegui ir tão fundo assim, talvez minha memória seja falha... Talvez minha habilidade ainda seja falha! Mas as palavras são sinceras.

P.P.S.: E eu adoro pepsi =D

terça-feira, agosto 12, 2008

É verdade.




Ainda que eu falasse a língua dos homens, ainda que eu falasse a língua dos anjos... As ruas vazias de gente continuariam me confiando segredos perdidos de qualquer andarilho noturno que por ali passou em um instante qualquer, perdido na lembrança do último crepúsculo, lento e indescritível, invadindo o peito com a fúria de mil agulhas. Ainda que fosse capaz de ouvir e entender as estrelas, as noites seriam longas mais uma vez, e mais uma vez me mergulhariam num profunto extase, os móveis se moveriam, e de repente se uniriam todos os tempos possíveis num perfeito conjunto de cores e notas musicais.


Ainda que eu soubesse quem sou, não deixaria de me supreender a cada vez que olho no espelho, perdendo minha face em reflexos tais... Estou acordado e todos dormem, e dormem... Num sono envenenado de rotina e desejo, no qual me assumo carne e osso, enquanto vagam os meus espítos solitários. A noite é muito longa, enquanto morro olham para terra do univerno, todos devem encontrar algum lugar no finito sem fim das minhas mentiras. Só o amor conhece a verdade! Espírito sensato, que de egoísmo esconde seu bem maior, nos mergulhando em falsos fragmentos de realidade, com toda a graça com que uma vírgem rouba todo e qualquer fio de racionalidade das nossas mentes; mente como ninguem é capaz de reproduzir... E o mundo fica lilás.

segunda-feira, agosto 04, 2008

E no caminho de Swann me perco e me encontro diversas vezes...


"Cessara de me sentir medíocre, contingente, mortal. De onde me teria vindo aquela poderosa alegria?"