domingo, outubro 18, 2009

Solução

As vezes a resposta já está na própria pergunta, é preciso apenas perguntar. Porque a vida é feita de antíteses e o que nós precisamos é sorrir para agradecê-las...
As vezes devemos nós ser o exemplo, o que precisamos é apenas observar!

sábado, outubro 17, 2009

Organizando Sonhos


Vaso que une,
Vaso que organiza
Vaso que separa a flor

Em um vaso fino,
Flores juntas
Em um vaso largo,
Flores mais separadas no mundo

Em um vaso largo,
Flores mais livres
Flores mais lindas

Em um vaso largo,
Flores!

Dor

Assim como a vela que se acende na escuridão da madrugada aos pés da padroeira - e que dura até onde é capaz - serve para lembrar que deve haver sempre luz, a dor deve nos ensinar algo muito importante.
Seria muito bom se quando estivessemos precisando aplicar uma injeção, aplicássemos nós mesmos. Mas só nos aplicam a agulha que rasga a pele - que se rejenera - porque estamos no hospital, e portanto queremos ser curados pelo que vem dentro da seringa.
Mas nós ficamos realmente bem é quando voltamos do hospital com a calma de quem espera (seja a dor física ou moral ou seja o pássaro que voa e não pede que o vejamos - passa com a mesma tranquilidade).
Nós sempre somos, no fundo, responsáveis pela nossa própria dor; mas tudo no mundo tem algo que cura. Somos todo dia rodeados por remédios, mas basta perguntar a eles o que fazer.

sexta-feira, outubro 16, 2009

Máquina


Sem pretenção de grandes mudanças - a não ser piscológicas - peço licença para comparar tudo que existe a uma grande máquina.

A máquina não é única, tem diversas divisões internas que chamamos de peças. Cada peça que existe dentro da máquina tem sua função, mas a máquina não pode falar para cada uma, em especial, a maravilha que é o papel a que elas estão desde muito antes prontas a desempenhar; porque sabe que a sua existência depende de cada uma e que sozinhas elas não desempenhariam nenhuma utilidade...

As ajudantes não sabem o que fazer, e trabalham conforme suas consciências. Não se dão conta, porém, que não estão ajudando apenas a máquina como um todo, mas as suas próprias existências.

O inventor da máquina por sua vez (e portanto, o inventor das peças), não fala a mesma língua das suas criações porque as fizeram com todos os meios nescessários para as suas felicidades. Mas nenhuma peça é igual, a felicidade por sua vez é a mesma!


milagre do exemplo cotidiano e mudo


O pulmão de quem fala alto e em bom som, seca. Diminui. E o ar vai embora mas quase que instantaneamente volta... Só nos resta o observar!

Me Encontre No Caminho

O trem que anda mais rápido chega mais depressa no final; e o que poderiam fazer os passageiros senão acompanhar? vão dentro no sonho de ver tudo com mais calma, com a angústia de deixar tanto verde ir embora no lado mais afastado da janela.

quinta-feira, outubro 15, 2009

Oportunidade


Loucura. Só para aproveitar o quanto há de bom e para dizer que os que não acreditam nas palavras é porque não as usam da melhor forma. Loucura para agradecer, loucura para se desculpar, loucura para entender, loucura para ouvir, loucura para se recuperar, loucura para aprender. Loucura ou lucidez. Tanto faz! Existem ensinamentos que vêem de onde menos esperamos.

Obrigado, Tempo! (Mundo Naufragante)


Todos nós somos quase obrigados a nos afundarmos em incertezas quando ouvimos a voz prática e individualista do nosso próprio ego... E no naufrágio não se sabe mais o que é o bom senso, ou a capacidade de ouvir e de nos permitir sermos úteis a alguém (É só servindo a outro que se serve a sí).
Peço licença então para comparar tudo a um barco que mergulha no misterioso mar incerto. Todos sabem que o fim de suas vidas, bem como o de todas as coisas que os rodeaim (com exceção do mar) está muito próximo.
Alguns tripulantes desesperados com o fim se encarregam de fingir que estão salvos afim de ter a vida que sobra e, quem sabe, uma morte mais felizes. Esquecem, porém, que todo fingimento é triste e se gasta muito mais energia vivendo a mentira que encarando o que acontece.
Outros se desesperam e gritam a Deus e ao mundo pedidos de socorro. Se parassem de gritar, talvez, veriam que outros também gritam na intensidade que são capazes, e assim poderiam socorrer para serem socorridos. Mas eles apenas gritam.
O grande e interessante papael nessa história está, porém, nas minorias que são drasticamente opostas e por isso não se misturam, não brigam entre sí porque têm seus respectivos lugares e os ocupam conforme a consciência. As duas minorias são a dos comandantes e a dos observadores.

Os comandantes dão e obedecem ordens numa hierarquia; recebem lições que atendem aos próprios anseios e esperam sempre o reconhecimento de seu trabalho com a remuneração. O barco então passa a ser em seus olhos apenas um instrumento para chegar ao sonho: o dinheiro do fim da viagem. Eles gritam a todos do barco em naufrágio: "Mulheres e crianças primeiro!", enquanto no fundo torcem para poder salvar os que têm aquilo que desejam. É a matéria que os move. São os primeiros que morrem.
E a segunda minoria, que é humildemente menor que a primeira, entende que ali no naufrágio do egoísmo e da vaidade que combinamos representar por um barco, são todos iguais os indivíduos, todos sabem que estão afundando. É quando a sensatez desses observadores se trasforma em confusão e as almas que observam se perguntam porque todos não enxergam também a solução que os una num objetivo comum. Talvez porque são todos diferentes e ninguém além dos próprios náufragos pode dizer o que é certo. Os que observam são felizes por poder observar, e isso basta.
O barco então vai cada vez mais lento, enquanto os tripulantes estão cada vez mais rápidos em se salvar. Não encontram nunca a tranquilidade e sao tristes, pois. Morrem na esperança de salvação porque estão agitados demais para procurá-la. Ainda que os tripulantes sejam tão distintos, com sonhos de futuro tão diferentes, todos procuram o mesmo. E só querem se sentir bem, só querem estar salvos dos naufrágios de suas próprias almas.
Peço mais uma vez licença para perguntar a todos nós que navegamos: A que grupo queremos pertencer? Peço também que não leve minha pergunta a mal porque a faço com a inocência de um velho sábio e a simplicidade de um jovem aluno... Nós ainda temos muito tempo se agradecermos por tudo que acontece ao nosso redor...
Ainda que o barco esteja em vias de desaparecer no mar salgado, nenhum milímetro que se afunda não traz sabedoria. O que temos a decidir é se queremos realmente essa dádiva das águas. Quando as ondas fortes do destino fazem o barco rodopiar como uma folha verde na tempestade cinzenta, eu mais uma vez me pergunto: o que estamos nós procurando? e ainda: o que fazemos nós desta procura?

quarta-feira, outubro 14, 2009

Realidade para sentir




Sonho para vivenciar.

Céu


Ando pensando muito em qual propósito estou aqui, é impossível ter-se tantos dias e para nada utilizá-los e muito mais triste não saber como irei utilizar os dias que virão. Procurar a felicidade em coisas visíveis (que não necessitam sentir) é como esperar que do céu chova fogo - Se já existiu alguma rainha, esta foi a simplicidade; que se manifestamuda em quem a carrega como fiel companheira.

Quem não está só nao tem medo, quem nao precisa não chora, quem não tem simplicidade não vive (no sentido positivo da vida). E quem pensar que é coisa inacessível e anatural como tudo do mundo débil e materialista, ainda não entende o que é realmente. O amor só é amor se for simples, o sorriso só é verdadeiro se assim for.

Na verdade a rainha sem coroa está e sempre esteve com todos os seres vivos... Alguns a escutam, e felizes são. Ela é a essencia, é tudo aquilo que sempre existiu - Acho que a essa simplicidade chamamos de Deus.

domingo, setembro 27, 2009

Dois neurônios


Eu ainda brinco de mediocridade,

O que tem pra mim?

Um suspiro para tudo o que é bom e não tenho comigo agora. Gosto morno de saudade do que já tive. Onda do mar para o que ainda vou ter. Vento para o que desejo.
O que eu guardei ninguém viu. O que eu queria ter guardado, não pude. Os dias são muitos e a memória, muito pouca: foto encardida, varal onde estava o pé de jamelão. Onde está meu pé agora, não sei - Sigo os dias no vazio pulo das folhas de calendário de santo.
Hoje é dia avisar aos santos que a vida é mais que contar datas. Mas o que é de fato, não se sabe. Nunca se soube. Me lembro de uma frase que eu nao sei de quem, ficou sem dono sem fonte: O que eu quero não tem nome. Para o que tenho existe o muito obrigado. . .

sexta-feira, agosto 28, 2009

E se só me ama, me ame só. Como alguém que comprou a passagem e esqueceu da hora, que sorriu e não lembrou de ser feliz ou de beber as lágrimas salgadas de saudades de outros tempos quem sabe.
Se apenas me ama, me deixe livre. Correrei então diversos campos e quando os pés cansados se recusarem a caminhar, me deito na grama e esqueço. – O sol queima o que me resta de corpo, evaporando a minha alma, os mosquitos me sugam a essência, já não penso mais em dor ou alegria, sozinho me esqueço – E me esqueço que o sol queima e que os mosquitos sugam, me esqueço de mim e de meu amor solitário.
Se me ama só, e se possível for, me ame como a chuva de verão ou a última faixa do disco. E com carinho, com afeto, só te amarei só!

quarta-feira, agosto 12, 2009

Uma ponta de pena ou uma pena sem ponta

Eu só queria escrever diferente
Que os pontos e as linhas se comunicassem internamente
Assim como se comunicam o vento e as palavras

Queria encher o meu vazio de tudo
Sabendo que o tudo do mundo
Carrega consigo um muito de nada

Eu queria cantar a mais alta sinfonia
Para que as moléculas vibrassem no universo finito
[dos meus sonhos
Formando círculos de vermelhas melodias
E sorrir e morrer depois

Mas só por um dia
E assim então me reinventaria
Só para morrer de novo
Como o mais digno dos versos mortos antes de Eu nascer

sábado, junho 13, 2009

filosofia de uma madrugada de sexta


Ditoso este mundo: O que ninguem vê é tão simples, tão bobo... que todos vêem. O que ninguem escuta é justamente o que todos querem ouvir. A mudança é tão ultrapassada que muda quem não muda nada. Ditoso esse mundo.



Mas o que vc está procurando realmente?

segunda-feira, abril 13, 2009

fones de ouvido


Sempre muito me interessaram os inícios, onde pouco se sabe e a calma inocente governa os fatos e os seres que os constituem; onde não existe complicação ou filas bancárias, apenas calma... Paz fria de inverno. Mas os diálogos e os olhares problemáticos e coadjuvantes nos atraem como ímas, e a sedução está em se complicar, nos acordar do infinito em que nos mergulhamos anteriormente. A ausência de simplicidade chega a ser tão prazerosa que indispensável se torna.

Então nos julgamos indestrutíveis. E nos distroem - com direito a música, explosões e tudo. O filme de nossas vidas por um momento se mostra triste, algumas pessoas tapam os olhos preservando na mente os bons momentos iniciais. Mas a nostalgia dura pouco, é o fim. As coisas se resolveram e voltam ao normal ao mesmo tempo, nos preparando para uma nova tsunami de sensações.

Imagino que todos os finais sejam assim. Espirais luminosos que fundem o pincípio ao fim e a energia que a luz consome são os meios. Que os fins justifiquem e apaguem os meios, como páginas rasgadas ou memória perdida... os fones de ouvido dizem agora: Respiro. E eu não estou só! este ponto final é a mais fiel compania.

quinta-feira, abril 02, 2009

E outra vez conquistemos a distância


Do mar ou outra, mas que seja nossa!

(Fernando Pessoa)

terça-feira, março 31, 2009

O paradoxo dos dias


O primeiro passo para que as coisas aconteçam é acreditar nelas, e permitir que elas existam. É preciso viver o sonho mesmo de olhos abertos, é preciso se desculpar das próprias desculpas que só nos enchem de culpa, por incrível que pareça. é preciso ceder, agir e esperar que os atos sejam executados e não que executem os atos. Que tal ser o sonho de alguém? Provar, sorrir, dançar, pular fora, desistir, nos permitir.
Que os sonhos sejam os mais doces, as desculpas mais salgadas e a vida como a água: misteriosa e essencial. Que a vida seja essência da vida.[...]




...




Dois dias depois:
Queria realmente que meus pensamentos positivos fluíssem, existindo em prol da vida misteriosa e essencial, Mas até pensando positivamente eu sou negativo. Pensamentos positivos só me enchem de negatividade ao perceber que não consigo viver tudo isso, embora muito tente.
Não, as pessoas não podem ser modificadas a não ser por si mesmas, e se não podem; o mundo, regido por elas, continua sempre o mesmo.
Não, as pessoas não podem ser o sonho de ninguém. Sonhos são perfeitos...
Lembrando que se a vida é como a água, viver só por viver não tem gosto nem cheiro...
There are to many barriers
And nothing make me feel good now
I'm running again

segunda-feira, março 09, 2009

Perseguindo lembranças


Um dia a sutil beleza da infância, que de tão frágil, como todas as mais valiosas coisas, morre aos poucos - ou talvez morre de tal lenta forma por guardar em si algo divido, e portanto muito forte - me perguntou se eu tinha medo. E sem esperar respostas disse, com toda a serenidade de um velho sábio "Tenho medo de tudo: bruxa, escuro, fantasma, barata e baleia", sem nunca ter visto a última.

Há algo realmente paradoxal em ser criança!

Que triste... Hoje tenho muito medo do nada: medo de mim, do silêncio, da chuva. De tudo que há em cada ausência de tudo, de tudo que há em uma reticências e numa folha em branco, que aos poucos perde sua dignidade poética ao serem adicionadas as palavras.

Hoje tenho muito medo do só. Só esse vazio me conforta





















.

domingo, fevereiro 15, 2009

Microondas


'Amores requentados feito pão durmido'.

Um gosto estranho de saudade.

quarta-feira, janeiro 21, 2009

Como a água


Talvez a solidão seja mesmo a melhor nave, que revele todos os outros lados do mundo. Como são de fato!
E se escrevo vago, é porque sou completo. Mas se escrevo solidão é porque a desejo, o que não significa que gosto, ou que a tenho... Apenas a desejo, e isso basta. O que seria dos dias sem os contentamentos, e o que seria das frases sem a primeira pessoa...?
E na nave em que escolhi embarcar, viagarei por um tempo chamado vida até encontrar um trevo de cinco folhas, que é muito mais raro!

quarta-feira, janeiro 14, 2009

Andorinha (Manoel Bandeira)


Andorinha lá fora está dizendo:

- "Passei o dia à toa, à toa!"


Andorinha, andorinha, minha cantiga é mais triste!

Passei a vida à toa, à toa...