tag:blogger.com,1999:blog-380615302024-03-07T20:04:45.233-03:00entre as coxias e o palcoMas já que se há de escrever, que ao menos não se esmaguem com palavras as entrelinhas, O melhor ainda não foi escrito. O melhor está nas entrelinhas. (Lispector)Gustavo Monteirohttp://www.blogger.com/profile/07875666735873514537noreply@blogger.comBlogger156125tag:blogger.com,1999:blog-38061530.post-25654923466348681262013-05-24T13:49:00.003-03:002013-05-24T16:50:18.043-03:00Paraíso Sul<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxtS0f9YccwwTzlOGXyS6ijyGFpMQwBsHwwKluvySLOWfMfkOmE8QO9RLJCoe_G4JXUHIHWnRj7AY9hPMQPqhS0XTuz9GOxXKrYRTjjHKKWQoHBnTglBG0DuJ1efsIU5YBsbJ3/s1600/DSCN3522.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxtS0f9YccwwTzlOGXyS6ijyGFpMQwBsHwwKluvySLOWfMfkOmE8QO9RLJCoe_G4JXUHIHWnRj7AY9hPMQPqhS0XTuz9GOxXKrYRTjjHKKWQoHBnTglBG0DuJ1efsIU5YBsbJ3/s400/DSCN3522.JPG" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: left;">
Deixe que o dia cante música ao pé do ouvido. </div>
<div style="text-align: left;">
O sol amarelo e quente queima a retina lá fora,</div>
<div style="text-align: left;">
E dentro o mesmo peso de 15 mil gravidades.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
As árvores, verdíssimas da chuva que passou, balançam num balé descalço.</div>
<div style="text-align: left;">
As poltronas do Paraíso Sul seguem cheias de pernas, sacolas, cabeças cheias de contas.</div>
<div style="text-align: left;">
Não leve em conta.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Apenas deixe que o dia cante música ao pé do ouvido,</div>
<div style="text-align: left;">
Enquanto dentro o peito luta, esbraveja para que, de fora, só o sorriso persista.</div>
<div style="text-align: left;">
E o mesmo peso das 15 mil gravidades.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Veja que os dias lindos estão tão lindos,</div>
<div style="text-align: left;">
Não fosse o peso delas, presas, querendo roubar a cor das flores.</div>
<div style="text-align: left;">
<br />
E então feche os olhos,<br />
E deixe que Deus mostre seu caminho, verdade e vida.</div>
<br />
<div>
<br /></div>
Gustavo Monteirohttp://www.blogger.com/profile/07875666735873514537noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-38061530.post-23408210990663790842012-06-02T23:52:00.001-03:002013-01-29T14:18:06.631-03:00Sertão dos Pequeninos Eterno Pai, por Tu que estás em cada planta que morre, em todo riacho que seca, fazei crescer nuvens no céu do Sertão!<br />
<div>
Bondoso Deus, Tu que és a Verdade, e estás em todos os pequenos, como podereis não estar em cada bicho morto, de costelas quase expostas por entre um couro seco? Como podereis não estar em cada bicho que quase morre, de sangue seco escaldante e olhos baixos que se rendem, como se estivessem vencidos, como se já estivessem mortos e a vida fosse só um gota d'água que se evapora? Por Tu mesmo, que estás neles, escurecei as nuvens do Sertão!</div>
<div>
Divina Luz, que se fez carne e habitou entre nós, lembra-te da dor que sentistes, de todas as vezes que tivestes fome! Como podereis Tu não estar em todos os homens, nas mulheres, nas crianças, que sobrevivem - sim, graças também a Ti - mas que choram todas as noites? O milho está seco, água clara faz tempo não se vê... Por Tu mesmo, que estás nesses homens, fazei com que chorem também as nuvens!</div>
<div>
E dessa água que cai por amor, somente amor, frutifique a terra, renasçam bichos, plantas e homens novos. Que dos rios, pelo mesmo amor renascidos, possam morrer também as águas, vaporizadas, para que, feito nuvens, possam morrer de novo... Por amor, somente amor, tua assinatura na Terra, escrita por entre os homens, mulheres e crianças, que choram e que hoje te pedem: fazei chover no Sertão dos pequeninos!</div>
<div>
</div>
Gustavo Monteirohttp://www.blogger.com/profile/07875666735873514537noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-38061530.post-76637143043555809942012-06-02T01:13:00.002-03:002012-06-02T01:13:33.806-03:00ANÁLISE SOBRE UMA IMAGEM<a href="http://oblognovodegustavo.blogspot.com.br/2012/06/imagem-de-cecilia.html">http://oblognovodegustavo.blogspot.com.br/2012/06/imagem-de-cecilia.html</a><<<< eis o link.Gustavo Monteirohttp://www.blogger.com/profile/07875666735873514537noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38061530.post-27197323758889290192012-05-29T01:09:00.002-03:002012-05-29T01:11:18.900-03:00Novo Blog<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-joF4GbGVoOKlh0jJ49jqGt5TYeLJI1Z-DywmZSTCK7Z0vXrzCKuTn5hvUo6XQFIycU3jxp4-_jJJojKY-ZQ_i74y6C31O_dief5-uLSFOQ4Oo9IS5H9207zIJfjjS4cbZRZf/s1600/319940_296957223649921_100000069374706_1222845_333244834_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="297" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-joF4GbGVoOKlh0jJ49jqGt5TYeLJI1Z-DywmZSTCK7Z0vXrzCKuTn5hvUo6XQFIycU3jxp4-_jJJojKY-ZQ_i74y6C31O_dief5-uLSFOQ4Oo9IS5H9207zIJfjjS4cbZRZf/s400/319940_296957223649921_100000069374706_1222845_333244834_n.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
<a href="http://oblognovodegustavo.blogspot.com.br/">http://oblognovodegustavo.blogspot.com.br/</a> <<< é esse o linkGustavo Monteirohttp://www.blogger.com/profile/07875666735873514537noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38061530.post-76207426782614861782012-01-27T21:58:00.009-03:002012-01-27T22:02:55.787-03:00Cheia de Graça, o Senhor é convosco!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpRJCohDkg2BtynN4Ykecu_ybAfu_AbIMkIS0vmrhm0RrGMLOEmk8sVdbpo6QVWe82DWWxe2CUzlYAg9j-bSBltXWH6AcNcpJb-DTUICAonB9XdjMTYF6eL4u-FXxHWxWseaCW/s1600/20110818-01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="232" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpRJCohDkg2BtynN4Ykecu_ybAfu_AbIMkIS0vmrhm0RrGMLOEmk8sVdbpo6QVWe82DWWxe2CUzlYAg9j-bSBltXWH6AcNcpJb-DTUICAonB9XdjMTYF6eL4u-FXxHWxWseaCW/s320/20110818-01.jpg" width="320" /></a></div> <br />
- Silêncio, que o mundo grita lá fora.<br />
- Silêncio, que o coração é uma capela de milhares de tímpanos.Gustavo Monteirohttp://www.blogger.com/profile/07875666735873514537noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-38061530.post-19757770933281935682012-01-15T21:38:00.001-03:002012-01-17T00:23:54.108-03:00De par em par<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkq9fV83maFxEcmy8Elbzp8BW56jVcBe61SwR_aearuLQqK5eYKm70E_rdarMlF6DIF_ptnk4CAViVHKlP3RQDiG1_daJ6yjxyV0jRARUZI2HkuI1vhOVQB0hOesUX2hM_Zafd/s1600/tumblr_lf5fbnTbVa1qed5qro1_1280.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkq9fV83maFxEcmy8Elbzp8BW56jVcBe61SwR_aearuLQqK5eYKm70E_rdarMlF6DIF_ptnk4CAViVHKlP3RQDiG1_daJ6yjxyV0jRARUZI2HkuI1vhOVQB0hOesUX2hM_Zafd/s320/tumblr_lf5fbnTbVa1qed5qro1_1280.jpg" width="320" /></a></div><br />
<br />
<i>Árvores paradas da quinta, vistas da janela,</i><br />
<i>Árvores estranhas a mim a um ponto inconcebível à consciência de as estar vendo,</i><br />
<i>Árvores iguais todas a não serem mais que eu vê-las,</i><br />
<i>Não poder eu fazer qualquer coisa gênero haver árvores que deixasse de doer,</i><br />
<i>Não poder eu coexistir para o lado de lá com estar-vos vendo do lado de cá.</i><br />
<i>E poder levantar-me desta poltrona deixando os sonhos no chão...</i><br />
<br />
<div style="text-align: justify;"> É a quarta estrofe do primeiro poema de um livro recém recebido. É a Casa Branca Nau Preta, de Álvaro de Campos, bonita face de Pessoa.</div><div style="text-align: justify;"> Estou lendo. Por isso me calo.</div><div style="text-align: justify;"> Quais as naus que me carregam eu não sei. Tampouco estas naus sabem que me carregam. Estamos os dois em um não-saber de um carregar e ser carregado...</div><div style="text-align: justify;"> Mas as árvores são paradas, e Aracaju está sem vento. Arvores estranhas. Estranho querer correr para os quereres corridos. <i>E poder levantar-me desta poltrona deixando os sonhos no chão... </i></div><div style="text-align: justify;"><i> </i>Mas há uma voz que diz: guarde-os nos bolsos. Retire-os de par em par, veja-os de frente, na altura dos olhos. Se ainda forem sonhos, se ainda forem seus, então corra, e os queira como se te quisessem também os sonhos.</div><div style="text-align: justify;"> Mas o mesmo torpor desconexo, angustia dos loucos. E o Álvaro de Campos, da casa branca nau preta.</div>Gustavo Monteirohttp://www.blogger.com/profile/07875666735873514537noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-38061530.post-31289306403887972952012-01-13T12:55:00.001-03:002012-01-13T12:56:50.628-03:00I thought that I heard you laughing<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJqMDtzHjJ_aDPe_ngPMInOJnP3yPa1VQSjhQ3nekD6ud4w70F5e8DhikM4nk5aEozj4jDineCRN5rRgADwpwfQy9kVwJchXsafNiAZI3ZsCPTTaQeGq7g7s8YLfFaUwveB0mM/s1600/255168_232800280069171_100000176018450_1185710_2003122_n_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJqMDtzHjJ_aDPe_ngPMInOJnP3yPa1VQSjhQ3nekD6ud4w70F5e8DhikM4nk5aEozj4jDineCRN5rRgADwpwfQy9kVwJchXsafNiAZI3ZsCPTTaQeGq7g7s8YLfFaUwveB0mM/s320/255168_232800280069171_100000176018450_1185710_2003122_n_large.jpg" width="295" /></a></div> <br />
Fotografia velha, amarelada; mas o filme é novo.<br />
Um balançado meio brega. Hipnotizante.<br />
Pior trilha sonora do melhor dos sonhos. Quando passa eu esqueço.<br />
Excesso e falta barulhentos como os saltos altos em alternância.<br />
Distância nos olhos, pensei ter te visto rindo.Gustavo Monteirohttp://www.blogger.com/profile/07875666735873514537noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38061530.post-79738908810268991552011-12-13T21:53:00.003-03:002011-12-13T22:03:09.332-03:00loucura loucura loucura<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmwhk_RACaBIckim4GW38yi-cl-vGAzFdqRwSi0I_9gjMjqxK1hdz0q87alzUjew5jZQsSzM5lwAVaO4QJwPjibSZ6qRdkka5cekSy2jGBq6KZQYWEmRlRdUpfk-XdFV9xAnk5/s1600/drsmith01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmwhk_RACaBIckim4GW38yi-cl-vGAzFdqRwSi0I_9gjMjqxK1hdz0q87alzUjew5jZQsSzM5lwAVaO4QJwPjibSZ6qRdkka5cekSy2jGBq6KZQYWEmRlRdUpfk-XdFV9xAnk5/s1600/drsmith01.jpg" /></a></div> <br />
Descrever é diminuir, modificar, por fim. O próprio "eu te amo" quando dito já não ama, só traduz. Descrições corrompem, e as palavras são arbitrárias.<br />
Quando ela me olhou naquele sol, com aquele sorriso, protegida por aquele vento, quase a amei em segredo.<br />
Mas chega esse tal de Peirce e me diz que ela nunca me olhou naquele sol, com nenhum sorriso, me diz que não tinha nenhum vento. E acuado eu digo que não amei ninguém. É preciso proteger-se, e a loucura é tão amiga que nos convence de vez em quando!<br />
Mas o que eu digo agora, meus colegas? Disseram-me que essas coisas só se sentem, e que até os atos são outros atos de outras palavras até. Com as mãos para o auto, quase em um <i>hijack</i> americano, eu digo: eu sinto e penso, logo existo, ou logo mais codifico.<br />
Aí vem aquele Pessoa e me diminui, me modifica, bota um fim nessa conversa louca, me corrompe, me descreve e me traduz: "a parte que em mim sente está pensando."Gustavo Monteirohttp://www.blogger.com/profile/07875666735873514537noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-38061530.post-13160161025887351942011-12-13T20:07:00.002-03:002011-12-13T20:14:01.476-03:00E O CALOR VEM DESUMANO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipHzD3HlY6sm6lX6yqN6raTSxzhA0TLikXsaTLzUE5v-JXhp4hxsTSNl4K0PJUvdj0L5KEl2cWeC27ZYTxf9My0XyG7UWXbA08TOiYO4TeiVqHUixb60qdDA-N9Fir_hd8S-Ep/s1600/arvore-da-vida-caos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="183" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipHzD3HlY6sm6lX6yqN6raTSxzhA0TLikXsaTLzUE5v-JXhp4hxsTSNl4K0PJUvdj0L5KEl2cWeC27ZYTxf9My0XyG7UWXbA08TOiYO4TeiVqHUixb60qdDA-N9Fir_hd8S-Ep/s320/arvore-da-vida-caos.jpg" width="320" /></a></div> <br />
De repente aquela poeira invisível. Fica tudo meio branco, e os pés já não sabem bem por onde pisam. A barriga borbulha qualquer coisa que rima com: "Que é isso, camarada? Será que é dessa vez que vamos juntos comer capim pela raiz?"<br />
E eu digo, amigavelmente: "Deixa disso, é o verão, e os girassóis do fim do ano."Gustavo Monteirohttp://www.blogger.com/profile/07875666735873514537noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-38061530.post-31085114975685120342011-12-12T15:47:00.004-03:002011-12-12T19:03:46.964-03:00É DE AMOR QUE O MUNDO VIVE<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBgtUZn0FmGgCWJ_XrBsH2teWhiVwQWPbbMvRcdoFi_K9UToE_GqKa5ZJQUq3Jj8Oz2MZ9yK-TmHDtT54TMr1suyHD9lV7-IP1vd0Sm5njCtMhsDOOfLyusNtIkEvVESdqQUY9/s1600/DSCI0611.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBgtUZn0FmGgCWJ_XrBsH2teWhiVwQWPbbMvRcdoFi_K9UToE_GqKa5ZJQUq3Jj8Oz2MZ9yK-TmHDtT54TMr1suyHD9lV7-IP1vd0Sm5njCtMhsDOOfLyusNtIkEvVESdqQUY9/s320/DSCI0611.JPG" width="320" /></a></div><div><br />
</div><div> Não se engane, amigo, é de amor que o mundo vive. Sem amor à existência, não há vida. (Sim, é preciso amar para estar vivo, e muito mais amor para que se viva, de fato).</div><div> Proponho, pois, um exercício de imaginação: suponhamos que todos os homens e mulheres se odiassem e odiassem a si mesmos. Não haveria entendimento, conversa, ou tempo para o que quer que seja. E então, pouco a pouco, não haveria ser vivo algum. Se não há amor entre eu e o outro, o que me impediria de, em um ataque de raiva ou súbita loucura, acabar logo de vez com esse ser que me olhou torto na fila do pão?<br />
E, então, sem amor, desapareceriam as filas, os padeiros, os pães, as placas, os sinais, os carros, desapareceríamos. </div><div> O mundo é mesmo relativo, amigo. O nojo para mim, é a delícia de outras bocas. O meu sol é a lua cheia de um chinês, o meu miojo é uma refeição inteira para quem não tem nada. Mas deixemos a poesia de lado, agora. </div><div> Nesse mundo de relativos, se faz necessário às vezes estigmatizar, diminuir, exaltar. O amor, caso se fale aos quatro ventos, ganha a conotação de afeto entre dois amantes. Sim, há amor entre duas pessoas que se relacionem. E há amor também nos bom dias, nas mãos que se apertam em um cumprimento, nas filas, nas aulas, nas desculpas, ou nos suspiros de contenção de raiva.</div><div> Digo e repito, <a href="http://entreascoxiaseopalco.blogspot.com/2011/07/e-de-amor-e-de-paz-que-vive-o-homem.html">é de amor e de paz que vive o homem</a>. É de amor que vivemos, e é de amor que o mundo vive.</div><div> </div>Gustavo Monteirohttp://www.blogger.com/profile/07875666735873514537noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-38061530.post-45493860401310601632011-12-11T22:50:00.001-03:002011-12-12T20:25:18.968-03:00PRÓPRIAS CONSTELAÇÕES<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBMgCnC0c0AZIPcc-avKua_jBemROL3wYHF3co9uEvM8QX7gaku0QlEhvoF4MDwgKVKNtmNLFhO9X7-8O77c6KcHM2Zz7rXJfz1z6xkozzAYVoTQ-hDPxf5qnylyHlAQ9d7bSJ/s1600/336147868.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="209" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBMgCnC0c0AZIPcc-avKua_jBemROL3wYHF3co9uEvM8QX7gaku0QlEhvoF4MDwgKVKNtmNLFhO9X7-8O77c6KcHM2Zz7rXJfz1z6xkozzAYVoTQ-hDPxf5qnylyHlAQ9d7bSJ/s320/336147868.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div> O tempo é mesmo o senhor do mundo, carrega e traz com o mesmo gosto. Não há nada perecível que conheça sua força, não existe nada de corruptível que não ame suas promessas.<br />
Um ano apenas. É o mesmo quarto. Mobília mesma, mesmos CDs, mesmos livros. Só o violão tem uma corda a menos.<br />
A preguiça está igual, ainda não há guarda-roupa. Só a janela encortinou-se. E o mesmo velho sol...<br />
A noite ainda é cheia de luz, as mesmas superstições. <i>And the same old fears. </i><br />
Só o menino está diferente. Um pouco mais de cabelo, um pouco menos nas laterais da testa. Algumas tantas constelações desfeitas, outras um pouco novas, um pouco firmes. E as mesmas estrelas sós, com as quais ele constrói todas as outras.Gustavo Monteirohttp://www.blogger.com/profile/07875666735873514537noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-38061530.post-56724557984990608512011-12-08T00:29:00.004-03:002011-12-09T22:43:28.624-03:00And if I lost the map, if I lost It all<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYsYZpkGbxlbMzhPDYf59SG73JC047MWj2ms19dkK4gDuRm-Wb0tedwTxHuySYB99IQ_REbnL_1Z4BWkA0FjwGmfQpC6tece0wPMk9giCwh1PxUTSmHr6BAFeDEKj4ImQSNtrb/s1600/4954614669_3511148536_z_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="216" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYsYZpkGbxlbMzhPDYf59SG73JC047MWj2ms19dkK4gDuRm-Wb0tedwTxHuySYB99IQ_REbnL_1Z4BWkA0FjwGmfQpC6tece0wPMk9giCwh1PxUTSmHr6BAFeDEKj4ImQSNtrb/s320/4954614669_3511148536_z_large.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"> Quando eu liguei o rádio hoje, eu ouvi você dizendo oi. Melodia alegre, eu disse. <i>When you are tired of racing, and you find you never left the start</i>. Aí você ensaiou alguma coisa para dizer com os olhos. Mas, não sei, alguma coisa travou. Então me deu uns acordes com as mãos.</div><div style="text-align: justify;"> Nós ficamos nos olhando. Ouvido com ouvido - de plástico, não se sabe o qual. E eu, na janela, ouvi você dizer que as coisas podiam ter sido outras, tantas, poucas, drásticas e lindas; em seus tempos e situações. Não fui eu que falei. </div><div style="text-align: justify;"> Mas então eu disse, na verdade eu tentei. <i>By the way, huh? </i>Proteção de faces nunca foi dos meus dons. Mas eram ouvidos agora, não eram? Eu te desejei mais uma vez tudo o que há de bom, com aquela dorzinha no peito de quem diz tchau pela centésima vez e o ônibus não chega. </div><div style="text-align: justify;"> Aí então tocou funk.</div>Gustavo Monteirohttp://www.blogger.com/profile/07875666735873514537noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-38061530.post-23531150388134155372011-12-07T14:50:00.001-03:002011-12-11T23:14:35.407-03:00!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrhRSHh67i9clowVk2LZ2PsXeeCtzX8JGQx4E5055mLujAZWTN_L9Pbcd6q37WtNDTG6KlSHKgyA_Yesboz_fMmSW3lldPNTW9kWYb2V4RW_xD0aZyTw18dLumA1krbVFoyZRk/s1600/tumblr_lv91yheUlj1qzisqyo1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="257" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrhRSHh67i9clowVk2LZ2PsXeeCtzX8JGQx4E5055mLujAZWTN_L9Pbcd6q37WtNDTG6KlSHKgyA_Yesboz_fMmSW3lldPNTW9kWYb2V4RW_xD0aZyTw18dLumA1krbVFoyZRk/s320/tumblr_lv91yheUlj1qzisqyo1_500_large.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div> Ônibus, as seis da manhã e da tarde. Casa pré-fabricada, um dia apenas. A lesão e a moleta. O jorro. Rispidez, memória, esquecimento. Inquietação, mala pronta, uma vida inteira. Fumaça, escape, contra-mão. 115 visualizações. 18 anos e meio. Fotografia revelada.<br />
Suor, vermelho, azul e preto. Medo. Caixa vazia, mão no bolso e no peito. Um filme antigo, cheio de flashes sucessivos subliminares. Aposto, travessão e lágrima. Fala de gringo traduzida. Cultura nova, encaixotada. Caixa. Papelão, chuva, grosseria de gota.<br />
Pisca-pisca de cílio. Involuntariedade, cochilo. Pré. Pós. Para!<br />
Nem tempo, nem dinheiro. Ou isto, ou aquilo, ou tudo junto, em salada sem tempero.<br />
Sou breve.Gustavo Monteirohttp://www.blogger.com/profile/07875666735873514537noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-38061530.post-87658163290890972352011-12-05T20:42:00.002-03:002011-12-05T21:09:50.436-03:00O SISO E TODOS OS OLHOS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuI4UKQDdop_CmB96V7I-wwXpWkttwxfc7V0mHHa_liIZ7cGBr7SFCcHNIk00IMvCmcy6YnIDf0Cki0M6Yv75gYzsveLBEtzqdGy54w9HLXmkd2TIUW9q1mTzei4jlZ_BCTYl4/s1600/DSC01052.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuI4UKQDdop_CmB96V7I-wwXpWkttwxfc7V0mHHa_liIZ7cGBr7SFCcHNIk00IMvCmcy6YnIDf0Cki0M6Yv75gYzsveLBEtzqdGy54w9HLXmkd2TIUW9q1mTzei4jlZ_BCTYl4/s320/DSC01052.JPG" width="320" /></a></div> <br />
Tem olhos bonitos, de modo que, sem espelhos, não tem beleza alguma. Os olhos não se olham, nem quando piscam. (E, meu Deus, como dói o siso!)<br />
Os outros olhos o vêem como alguém destemido, uma pessoa de decisão, até certo ponto sisuda. O que lhe dá uma pluralidade um tanto singular: é verdade, os próprios olhos, quando olham, enxergam-se nisso.<br />
Então eles piscam. Então não há planos - em um parecer assim disfarçado.<br />
E assim parece fugir das frustrações. (Meu Deus, como tic-taca o cérebro!)<br />
Logo os olhos se abrem de novo em uma fração incontável de tempo. Enxerga-se azul na água, verde de árvore grande, brilho amarelo de sol. (E o siso ainda dói, o cérebro tic-taca. Faz-se uns planos, arquiteta-se um esconderijo para a esperança).Gustavo Monteirohttp://www.blogger.com/profile/07875666735873514537noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-38061530.post-9911617327738088092011-12-01T17:06:00.002-03:002011-12-01T17:10:41.233-03:00GRAVIDADE<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOI8VOumGGzTcwNxOsHt2lenNiOJx5oQDCmIeEM4HWF_WJR2k_0JokkepUICOCjzuZjekMBqT1xo01UbHVRvPpFkZqjwaWXjKDrmJRj6ZZPLKnOpFOzhyw2eJCk_dlvGYVllBP/s1600/Apollo-11-mar-da-tranquilidade.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="253" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOI8VOumGGzTcwNxOsHt2lenNiOJx5oQDCmIeEM4HWF_WJR2k_0JokkepUICOCjzuZjekMBqT1xo01UbHVRvPpFkZqjwaWXjKDrmJRj6ZZPLKnOpFOzhyw2eJCk_dlvGYVllBP/s320/Apollo-11-mar-da-tranquilidade.jpg" width="320" /></a></div><br />
Te conhecer, te explorar. E te contar qual o teu melhor ângulo.<br />
Tiro uma foto ou duas, te borrifo de sais de prata. Você me conta aquelas bobagens, e ri de uma forma engraçada, apertando um pouco o olho esquerdo.<br />
E então sorri para mim mais um pouco; me faz de bobagem por um tempo, depois me cobre de importância. E eu ando lento, aos pulos, sem me importar com a gravidade dos fatos.<br />
Me faz descobrir!<br />
Menina da cidade, qual é tua outra face?Gustavo Monteirohttp://www.blogger.com/profile/07875666735873514537noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-38061530.post-87171051271149226742011-11-29T00:32:00.003-03:002011-11-29T00:37:41.353-03:00Respirar, navegar: é coisíssima igual<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqZml5C8ywVdfszik4xSuOEOnDRQXmJvfBEO2WbCrtsqbWNE9btu5hyphenhyphentBdXciA2SHgTlXFhgAZv9yDYCm85Fh7YJZnvZBEC0eCkHviLC_1ydZOBF20zOif-UUXNf2zd_lxlXHL/s1600/tumblr_ltqny8Zbxb1r0yljuo1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqZml5C8ywVdfszik4xSuOEOnDRQXmJvfBEO2WbCrtsqbWNE9btu5hyphenhyphentBdXciA2SHgTlXFhgAZv9yDYCm85Fh7YJZnvZBEC0eCkHviLC_1ydZOBF20zOif-UUXNf2zd_lxlXHL/s320/tumblr_ltqny8Zbxb1r0yljuo1_500_large.jpg" width="320" /></a></div><br />
<div style="text-align: justify;"> O mundo é bão, Sebastião! E a vida é linda, menina!</div><div style="text-align: justify;"> Desculpem vocês: às vezes eu fico meio chato, fico meio mole. Mas aí eu escuto uma música bonita, corro corro de um assalto e, pimpa. Pronto!</div><div style="text-align: justify;"> O verde fica mais verde, a árvore cria uns galhos, umas raízes, e a gente faz um filme. Aí balança um pouco, como uns bebês crescidos, num balanço de parque.</div><div style="text-align: justify;"> Se te caem os livros, empilhe-os. Faça uma muralha e brinque de guerra de papeis higiênicos - limpos.</div><div style="text-align: justify;"> Se te caem os dias, faça um mês ou dois; de puro riso.</div><div style="text-align: justify;"> Em quais trincheiras te escondes, menina? A vida é linda!<br />
<br />
</div>Gustavo Monteirohttp://www.blogger.com/profile/07875666735873514537noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-38061530.post-90055537530239322932011-11-27T02:13:00.005-03:002011-11-27T02:16:07.608-03:00Querida, está tudo tão azul!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPirddBylGKwn9FAfHUrTPiXFaLL-deIPemdP67VtBFK2hNUgh35dd_YqEwh1hOkzeqSs358Yi_nwbyePTRflGDVAsDmsd4nRRGAruRh_Np_T7LemDAWTn6zphE8DIrNqkns-j/s1600/DSC01307.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="254" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPirddBylGKwn9FAfHUrTPiXFaLL-deIPemdP67VtBFK2hNUgh35dd_YqEwh1hOkzeqSs358Yi_nwbyePTRflGDVAsDmsd4nRRGAruRh_Np_T7LemDAWTn6zphE8DIrNqkns-j/s320/DSC01307.JPG" width="320" /></a></div><br />
Imprevisibilidade, precipitação.<br />
músculos, rígidos, doem.<br />
De sono acordado estou eu.<br />
Subo escadas, pulo cercas;<br />
carneiros se perdem...<br />
<br />
Imprevisibilidade, precipitação.<br />
É tudo tão lindo:<br />
É tranquila a incerteza;<br />
e o depois que vem de ontem...<br />
e o não sei dito em já sabia.<br />
<br />
Eu vejo os meus erros.<br />
Já conheço os meus passos.<br />
<br />
;Gustavo Monteirohttp://www.blogger.com/profile/07875666735873514537noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-38061530.post-54419886975414087752011-11-26T20:29:00.002-03:002011-11-26T21:57:22.735-03:00CONVERSA COM O QUINTANA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhU0NwpL9OhmzkjbfFVmFGyWlN0Q7LnvWdTgeQoa3ZrUFiQYxu9pI0vb-xYcDyxwlAmFh_jWcGnkHyzul1hoqXPRqs-X1c8ctpni9XTP5dk9Hv9ijdoXSQ9PzNLNFYk0IAKj-J7/s1600/PQAAAC4tFKRBayC_eu5XrI-BN99z7qlXxiwzCAQLd6S28FVRj-tBYWzBnYoyBSUtvD--o5C6ScZHIqbtKWMfFuz7YH0Am1T1UP2ez2sLNaQp3iwQKnW6LmhbNQ--.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhU0NwpL9OhmzkjbfFVmFGyWlN0Q7LnvWdTgeQoa3ZrUFiQYxu9pI0vb-xYcDyxwlAmFh_jWcGnkHyzul1hoqXPRqs-X1c8ctpni9XTP5dk9Hv9ijdoXSQ9PzNLNFYk0IAKj-J7/s320/PQAAAC4tFKRBayC_eu5XrI-BN99z7qlXxiwzCAQLd6S28FVRj-tBYWzBnYoyBSUtvD--o5C6ScZHIqbtKWMfFuz7YH0Am1T1UP2ez2sLNaQp3iwQKnW6LmhbNQ--.jpg" width="275" /></a></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19px;"><br />
</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19px;">— Me explica, havia um ponto de luz em algum lugar...</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19px;">— É que "todo ponto de vista é a vista de um ponto".</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19px;">— Me explica, que luz é essa que está em todo canto, em todo ponto de sorriso?</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19px;">— O que você acha que é? "As definições apenas definem os definidores".</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19px;">— As coisas são o que são: a luz é luz, eu sou eu. Ou será que não?</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19px;">— "Nada neste muito é, por si, feio".</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19px;">— Agora você me agride! Que é isso, camarada?</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19px;">— Não ainda, mas "quem sabe um dia?"</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19px;">— Ai meu Deus!</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19px;">— "Em meio ao turbilhão do mundo, o poeta reza sem fé"</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19px;">— E agora você me agride, depois me elogia, me chama de poeta? Só de digo uma coisa: se decida, que o mundo é grande e o tempo é curto.</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19px;">— Que nada, eu sigo a máxima: "Se te contradisseste e acusam-te... sorri. Pois nada houve, em realidade. Teu pensamento é que chegou, por si, ao outro polo da verdade."</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19px;">— Velhinho louco, você, hein? Mas tu é gente fina!</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19px;"><br />
</span></div>Gustavo Monteirohttp://www.blogger.com/profile/07875666735873514537noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-38061530.post-23139930484810235562011-11-20T23:26:00.007-03:002011-11-26T20:20:11.846-03:00menor menor menor menor menor menor<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheIPjs9Loy_pSaOSrjjPM-loPHFVuyTzUGhvdbzB1Sh64vlz_OK8AyMTkeF8Xd-FN-zTiHJRUzl6LmKHZ3t5T3vExmqM_zr5BZa6AaFzClFwc20OxOc0CLdkBPAx3YVYfqZ1sW/s1600/tumblr_ldi4pm637A1qd6icvo1_500.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="162" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheIPjs9Loy_pSaOSrjjPM-loPHFVuyTzUGhvdbzB1Sh64vlz_OK8AyMTkeF8Xd-FN-zTiHJRUzl6LmKHZ3t5T3vExmqM_zr5BZa6AaFzClFwc20OxOc0CLdkBPAx3YVYfqZ1sW/s320/tumblr_ldi4pm637A1qd6icvo1_500.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"> <br />
Procuro o vazio para me sentir grande, esvazio-me. Procuro a completude, sinto-me então pequeno. E de pequeno, sinto-me grande, sinto-me muitos, sinto-me.<br />
Só quero lembrar de me querer pequeno - a memória fraqueja e os joelhos doem.</div><div style="text-align: justify;"> Doem-me os joelhos e eu me esqueço que dor é pequenez. Mas só me doem os joelhos, na mente eu sigo tranquilo. Então dói-me não doer. De esquecer esqueço-me: quando vi já fui sem vale, sem volante, sem violão.</div><div style="text-align: justify;"> Escrevo frases curtas, tão longas quanto os meus tempos de lembrança e esquecimento.</div><div style="text-align: justify;"> Encurto-me. E sou pequeno de novo.</div><div style="text-align: justify;"> E sou-me só, mas sou tantos, conectados todos por fios de vida. Sou. Com vários pontos, que muito bem poderiam ser vírgulas. E os fios de outro - ora ao sol, ora à minha sombra - fazem-se mais vivos, então fazem-me enorme, depois apenas me fazem.<br />
<br />
<br />
</div>Gustavo Monteirohttp://www.blogger.com/profile/07875666735873514537noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-38061530.post-37638510162567256842011-11-18T16:03:00.004-03:002011-12-01T15:33:15.117-03:00MOÇA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKT2iEpZgL44DLnM9SzSSMtnHSixT8uSyDI5EJLbrpkBnN1LuGl61Xv-gPVHZ2ObtH3PSBjcYTS8GMOx0Ol04zN73UQnIylcXfUM2zWX83Qf28HCo5GvU6zNkyP3flmWj6KKgT/s1600/Sony_Chrom_60.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKT2iEpZgL44DLnM9SzSSMtnHSixT8uSyDI5EJLbrpkBnN1LuGl61Xv-gPVHZ2ObtH3PSBjcYTS8GMOx0Ol04zN73UQnIylcXfUM2zWX83Qf28HCo5GvU6zNkyP3flmWj6KKgT/s320/Sony_Chrom_60.jpg" width="320" /></a></div> <br />
<div><div style="text-align: justify;"> De longe ela vinha com uma calma angelical. Passos curtos, andar desconsertado.</div><div><div style="text-align: justify;"> De longe e em um enquadramento perfeito: de um lado faixas, muitas faixas, de aprovações e propagandas; do outro carros, muitos carros, de pressa e movimento.</div></div><div><div style="text-align: justify;"> A calçada se desenhava sob os seus pés. E onde as duas linhas de paralelepípedos quase se tocavam estava ela - quase parada, quase em movimento. A cor do dia parecia não importar, ao barulho dos carros também era indiferente. Apenas as faixas brancas enfileiradas nas paredes detinham os seus olhos baixos, meio tristes.</div></div><div><div style="text-align: justify;"> Seus pensamentos não pude ouvir, suas palavras não foram ditas. Apenas os olhos falavam às faixas. Apenas aos olhos ouvi; muito como se não quisesse, meio de passagem, meio querendo sem querer.</div></div><div><div style="text-align: justify;"> E os olhos, de um brilho sagrado, alegravam-se e frustravam-se simultaneamente. Diziam entre si e para as faixas: "por que não eu?","por que não agora?", "parabéns você!", "parabéns agora!"</div></div><div><div style="text-align: justify;"> E nesta indecisão dos olhos, os lábios me viram e disseram bom dia, depois disseram sorriso, depois se foram; e os dois andantes deram as costas. Só então eu vi a cor do dia, a cor dos carros, a brancura muda das faixas (nos muros e nas músicas-de-bolso).<br />
É muito mais fácil observar as coisas que não andam de auréola e chinelos. </div></div><div><div style="text-align: justify;"> </div></div></div>Gustavo Monteirohttp://www.blogger.com/profile/07875666735873514537noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-38061530.post-33517520785287693432011-11-17T16:44:00.004-03:002011-11-17T21:39:57.418-03:00Porque ela é it<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiA3FKcPJ08KZzqymEhGUQiZKyEVTl-kUy_rc8GPsXkUbaZ92luRjyOexiJw98jviwoEcMNtwGoUUvz7wuv3AyaqkVD9VK6mzfhoDs56vBxDwIRYjB-zMmMLgp3LDF2laxzowDv/s1600/PQAAAGm9lDoY5xUTMm6uYP9QrkjY2W70iYH2GE2eGjX7Yko6-WUmE_ZZgnf3pUEhCIauYA2gA45z1Vs2OWsyQ2hIaUQAm1T1UDPrE0ofazj1CcF9hplNyXBYf59Y.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiA3FKcPJ08KZzqymEhGUQiZKyEVTl-kUy_rc8GPsXkUbaZ92luRjyOexiJw98jviwoEcMNtwGoUUvz7wuv3AyaqkVD9VK6mzfhoDs56vBxDwIRYjB-zMmMLgp3LDF2laxzowDv/s320/PQAAAGm9lDoY5xUTMm6uYP9QrkjY2W70iYH2GE2eGjX7Yko6-WUmE_ZZgnf3pUEhCIauYA2gA45z1Vs2OWsyQ2hIaUQAm1T1UDPrE0ofazj1CcF9hplNyXBYf59Y.jpg" width="240" /></a></div> <br />
<div><div style="text-align: justify;"> Que você arquitete bem as suas conquistas e construa com base firme todos os seus sonhos - mesmo que, por lei, eles só tenham dois andares.</div><div style="text-align: justify;"> Vá sempre mais além, até o infinito se for preciso, para manter a calma e a felicidade (esta última só se conquista com prudência e entendimento); que o seu dia-a-dia tenha mais sal e açúcar.</div><div style="text-align: justify;"> E não tenha medo de, quando precisar de um Alento, trocar a ordem das velhas árvores (elas não alteram os passarinhos que sabem voar alto).</div><div style="text-align: justify;"> Fico aqui pensando que às vezes o tempo passa tão rápido, que é igual a um G-6 (Isso é bom para quem tem pressa). Que você tenha pressa de ser feliz e de lutar pelo que é certo e pelo que é seu por direito. E que você sempre tenha a certeza de que vai existir alguém que torce por você, e de que essa torcida é maior que qualquer fronteira, de qualquer estado ou região.</div><div style="text-align: justify;"> A miliano eu queria te dizer isso: Someone Like You não existe. Você é única para mim e para todos que te conhecem. Não tem Paulo Mendes da Rocha que chegue no cheiro do rastro do seu cadarço. </div><div style="text-align: justify;"> Feliz aniversário, fran! Do seu primo que te ama muito.</div><div style="text-align: justify;"> </div></div>Gustavo Monteirohttp://www.blogger.com/profile/07875666735873514537noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-38061530.post-19485578927676062222011-11-13T23:18:00.002-03:002011-11-21T13:52:58.016-03:00AI QUE SAUDADE DO CÉU<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3pkSxn1meNWiiIqnVPXZdavGLsXY6x_HiBVCR46RI_SMxH2rzw0uB0lGG6BRgAbZA3uI73vVHOkz8OBcmor3w6kuT-ppQPddKRi5TzMvdSPoWmmMGPArivF8D0QbwUw6y5QRG/s1600/img_0634.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3pkSxn1meNWiiIqnVPXZdavGLsXY6x_HiBVCR46RI_SMxH2rzw0uB0lGG6BRgAbZA3uI73vVHOkz8OBcmor3w6kuT-ppQPddKRi5TzMvdSPoWmmMGPArivF8D0QbwUw6y5QRG/s320/img_0634.jpg" width="320" /></a></div><br />
<div style="text-align: justify;"> Olho-me no espelho e as bochechas secas de insônia me dizem feiuras impronunciáveis.</div><div style="text-align: justify;"> Abro a janela, olho-me então no dia. E o sol do leste faz o verde mais verde, o canto mais canto, e a vida mais música.</div><div style="text-align: justify;"> Não há espelho, bochechas ou feiura; só há céu, sol, sal e mar. E o velho sorriso que vem de brinde...<br />
<br />
</div>Gustavo Monteirohttp://www.blogger.com/profile/07875666735873514537noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-38061530.post-29502068062332308222011-11-13T21:30:00.001-03:002011-11-13T22:32:34.717-03:00IS IT A DATE?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjq6mPEUSoH6EeStm-emeik6aq-3QEVs2K8zY4_lPMkdOCwWYozDf80-4FZET_QTHbcY_ojGl7KjYjE4kHXeXREapJKAYYvpuftIsHdkhlXIH26S_9kT0pg6yNT4e6Jfr3kn6Ds/s1600/tumblr_kzvo7iTGvd1qzyrwvo1_500.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjq6mPEUSoH6EeStm-emeik6aq-3QEVs2K8zY4_lPMkdOCwWYozDf80-4FZET_QTHbcY_ojGl7KjYjE4kHXeXREapJKAYYvpuftIsHdkhlXIH26S_9kT0pg6yNT4e6Jfr3kn6Ds/s320/tumblr_kzvo7iTGvd1qzyrwvo1_500.jpg" width="228" /></a></div><br />
Me diz o que é o fim do mundo e eu te digo o que é a vontade.<br />
E então você me diz que o fim do mundo é um lampejo. Que os olhos correm, mas que não dá tempo; e que a vida se vai assim como se fez.<br />
E eu digo que dá vontade de finalizar tudo. De em um lampejo ter-se tempo de ver os teus e os meus olhos, e que a vida se cria, assim como sorri todo dia para os que sabem aproveitar.Gustavo Monteirohttp://www.blogger.com/profile/07875666735873514537noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-38061530.post-56073130432662450122011-11-08T20:38:00.003-03:002011-11-08T22:05:49.460-03:00ÁGUAS-VIVAS DE OUTUBRO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEil7an9PiVwOWfdoI4fU_6M0EyMtaqz0_CXv6a_ONf7jBVocI2YxdrN1KfX0x8UhcnRCCU4K8hKRmtN4rcfvWTWmQyOtiRNfjQlPtx5Z3GvPrHz02B7_GYeRx1-SsYIDCjnFw61/s1600/1311611508910_f.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEil7an9PiVwOWfdoI4fU_6M0EyMtaqz0_CXv6a_ONf7jBVocI2YxdrN1KfX0x8UhcnRCCU4K8hKRmtN4rcfvWTWmQyOtiRNfjQlPtx5Z3GvPrHz02B7_GYeRx1-SsYIDCjnFw61/s320/1311611508910_f.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"> Apesar dos sorrisos, dos olhares retos e dos pensamentos tortos, eles estavam sós. Não havia completude, abraçavam-se os vazios. E o sol que entrava pela janela enquanto ela desenhava linhas curvas na parede próxima ao seu rosto.</div><div style="text-align: justify;"> O sol entrava e brilhavam pequenos flocos de poeira. Se eram células livres dos corpos, ou águas-vivas que boiavam no vento de suor e silêncio, pouco importava para os dois.</div><div style="text-align: justify;"> Ele olhava as sombras das nuvens na parede oposta, com uma calma de quem padece. Uma mão na cintura dela e outra no próprio peito. Podiam-se fazer melodias de assovio: o sol entrava pintando a parede de amarelo. Estavam amarelos os dentes, os corpos, a cama de solteiro. Amarelo estava o dia. </div><div style="text-align: justify;"> E as almas sós pintavam-se de carinho. De repente olhares tortos, pensamentos retos, sorrisos tímidos, cama grande demais.</div>Gustavo Monteirohttp://www.blogger.com/profile/07875666735873514537noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-38061530.post-77126321934783783282011-11-05T12:28:00.007-03:002011-11-08T14:37:09.208-03:00Uma árvore, talvez pequena<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvzvLfrpDCm3nhh-thR19HzWCeX_Rt7iY6EoOTWntxwRKm-9S9s9qQL2zzJJzSKtxiJqAo7cXl-63N2RVlj_0tF3He9shLgPNpPIQAH1CDE5PRQhORWickH6evHMKAHG3gfTF5/s1600/tumblr_ltr1pg5xTM1qec3guo1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="216" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvzvLfrpDCm3nhh-thR19HzWCeX_Rt7iY6EoOTWntxwRKm-9S9s9qQL2zzJJzSKtxiJqAo7cXl-63N2RVlj_0tF3He9shLgPNpPIQAH1CDE5PRQhORWickH6evHMKAHG3gfTF5/s320/tumblr_ltr1pg5xTM1qec3guo1_500_large.jpg" width="320" /></a></div> <br />
<div style="text-align: justify;"> Quero conhecer os meus frutos para vir a conhecer a minha árvore. Será que dou frutos doentes que parecem doces? Ou será que são os meus frutos bons que parecem amargos demais? Será que são relativas também as papilas gustativas?</div><div style="text-align: justify;"> Se o parecer é um perecer, o que é, enfim? E se o perecer é um frutificar, como frutificar e permanecer? Quem sabe meus frutos tantos sejam mesmo muitos - doces e amargos, doentes ou maduros. Sinto-me mais como a formiga do que como a árvore que sou. E eu me arrasto, engatinhando com seis pernas, sob um tronco onde meus olhos de inseto não vêem onde termina nem por onde começa. E como formiga eu carrego as folhas, meço as palavras, em um contentar-se mais que contente (há uma felicidade grande em fazer o que é preciso, enquanto se nutre a seiva).</div><div style="text-align: justify;"> E engatinhar, nutrir e preparar enquanto é possível. É passivo mesmo o ser do tempo.</div>Gustavo Monteirohttp://www.blogger.com/profile/07875666735873514537noreply@blogger.com1