
Se existem pessoas diferentes é porque existem diferenças. E elas são simbolicamente anteriores a qualquer indivíduo – que se conheça, pelo menos.
Genética, Biologia, Sociologia, Economia, Bulimia, Anemia, Apatia? Não. As diferenças de caráter excludente são primeiras impressões. E são só isso! Quando se mergulha no outro, as semelhanças se tornam nítidas: mesmos sonhos, mesmos medos, mesmos sorrisos – diferentes ângulos, quem sabe... Clichês à parte, basta enxergar a semelhança “Ser Humano” para metade das diferenças parecerem mínimas, quase imperceptíveis.
É então que, passadas as surpresas do novo, jogar o jogo da relevância se torna necessário. O que é relevante? Beleza, inteligência? Etiqueta, inteligência? Carteira, inteligência? Sobrenome ou inteligência?
Têm coisas que se resolvem com oportunidade. Para outras existe maquiagem! E assim o mundo, cheio de pernas, anda. A “aurora é coletiva”, e “tudo marcha para a arquitetura perfeita”. Pedra ao lado de pedra – são mãos que se balançam.
E se por ti persistirem os olhares tortos, a bula deverá ser consultada. Não aquela de letras miúdas... A que se esconde em qualquer lugar perto do intestino e que grita todos os sentidos e contraindicações de que somos feitos.