
Vez ou outra, com cada sorriso rápido que recebo, percebo e aprendo um significado universal e único. E todos os olhares sinceros me ensinam que não há nada mais nobre que o ato de se doar; de se entregar ao vento das próprias necessidades e de se unir também às necessidades que não me pertencem.
Não há nada mais nobre do que compartilhar as necessidades, como se todas fossem suas, e todas uma. Com um só desejo que é o espírito satisfeito.
Depois de tudo o que vi e ouvi por esses dias, eu amo todos os sorrisos como se fossem meus; amo toda a fome, como se já não tivesse saciado o meu estômago; amo todas as cáries, e por isso sou flúor; amo todas as lágrimas como se fossem cachoeiras e todas as sirenes como se fossem sinfonias.
Em alguma ladeira, com algum sorriso, iluminado por qualquer hora, alguém me ensinou que devo amar qualquer pessoa, porque em cada uma reside escondido a beleza infinita do Jesus abandonado.