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É necessário conhecer seu próprio abismo
E polir sempre o candelabro que o esclarece.
Tudo no universo marcha, e marcha para esperar:
Nossa existência é uma vasta espectação
Onde se tocam o princípio e o fim.
A terra terá que ser retalhada entre todos
E restituída em tempo à sua antiga harmonia.
Tudo marcha para a arquitetura perfeita:
A aurora é coletiva.
Um comentário:
Como vc quer que tenha comentários? Murilo é cronologicamente modernista com influência pesada do simbolismo.
É um poema complicado. Deve-se ler mais de uma vez.
Gostei muito dos dois primeiros versos.
'É necessário conhecer seu próprio abismo
E polir sempre o candelabro que o esclarece.'
É preciso saber onde pisa. Onde vai cair. E se é necessário pular. É precuso também polir [ter cautela?] aqueles que te 'iluminam'. Eles são tão suspeitos quanto teus pés, que te guiam. Eles marcharam [em vão?] sempre embasado na espera. Na dúvida. O princípio e o fim estão interligados, assim como os graus 0e 360. Assim como a dor e o prazer. [tem isso tb em Tomb Raider]
E assim caminha a humanidade. A aurora é coletiva. O sol nasce todos os dias para todo o mundo, mas não da mesma forma.
É uma construção lógica [dialética], e ao mesmo tempo misteriosa.
Não há nada a temer nem a duvidar
Abração!
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