
Quem sabe eu esqueça,
Quem sabe eu reinvente a canção do dia
Às doze horas da manha ritualmente
Quem sabe me esqueça
Quem sabe me reinvente à doze da noite, habitualmente
Quem sabe as rimas sejam falhas
E a literatura prematura,
Ou quem sabe seja o pó do nada
De tudo aquilo que sobrou do tudo
Quem sabe?
Quem sabe conte histórias aos bisnetos
De um mundo em que se sonhava
Sonhava-se que os sonhos não eram sonhos
Ou quem sabe nem tenha bisnetos
Ou quem sabe já nem tenha sonhos
Ou quem sabe que se dane
Ou que se dane quem souber.
Os despertadores sabem e vivem tão mal...
Como se comessem as cinzas das horas
E bebessem da fuligem dos parafusos, quem sabe.
3 comentários:
Gostei MUITO da última estrofe. Muito MESMO! Vc me tem saído todo inovador, hein irmão?! HAHAHA
Rarissimamente escreves poemas, mas qndo os faz, faz com toda a majestade e autoridade poética de sempre.
Quem sabe eu consiga ser que nem você um dia, quem sabe!
abração
Tem versos bastante musicais.
Incrível a maneira que escreve. Linda poesia, gostei mesmo.
Postar um comentário