terça-feira, maio 25, 2010

Aquele Sorriso


E de repente: choque, estrondo, fulguração. E depois já não há.

Mas sobra sempre aquele sorriso belo e muito simples - não entendo o porquê de tanta complicação quando se fala sobre. É simples, sim, porque mesmo que não diga o que se quer, basta olhar nos olhos para perceber que os músculos foram calculadamente erguidos com um quê de alegria de um náufrago que contempla águas-vivas.

Elas dançam. Se parar para ouvir, sente-se a música, degusta-se o som dos pulmões aquáticos que se enchem e se esvaziam num contínuo prazer em existir. Elas dançam, e os náufragos afundam.

O ar já não há. Nem destino ou malas de roupas ou conversas prontas. Mas há águas-vivas, há música, há sorriso de pupilas que se enchem e se esvaziam num contínuo prazer em deixar de existir, ainda que aos poucos, há minutos que passam...

E de repente: Epifania. Não há música, não há nada.

Só o sorriso continunou.

3 comentários:

Mikaelle ;) disse...

Só porque você usa palavras difíceis nos seus textos (hoho) e fica me pedindo pra comentar :). Eu num preciso nem dizer que você tem talento neh!? Isso está na cara para quem não conhece, isso parece mais que obvio para quem te conhece. Um dia apertaria a sua mão e falarei com a mais pura sinceridade "Sou sua fã, por favor, assine meu livro" ;).

Anônimo disse...

Let's put a smile on that face!

Um sorriso é quase um amortecedor para a sutil pancada diária. Seja ele vazio ou não.

Larissa Oliveira disse...

nossa Gustavo! Cada vez que leio seus textos me surpreendo! Eles são bons, poéticos, intensos. Parabéns, você tem um extremo talento. Comprarei seus livros! :)