segunda-feira, abril 13, 2009

fones de ouvido


Sempre muito me interessaram os inícios, onde pouco se sabe e a calma inocente governa os fatos e os seres que os constituem; onde não existe complicação ou filas bancárias, apenas calma... Paz fria de inverno. Mas os diálogos e os olhares problemáticos e coadjuvantes nos atraem como ímas, e a sedução está em se complicar, nos acordar do infinito em que nos mergulhamos anteriormente. A ausência de simplicidade chega a ser tão prazerosa que indispensável se torna.

Então nos julgamos indestrutíveis. E nos distroem - com direito a música, explosões e tudo. O filme de nossas vidas por um momento se mostra triste, algumas pessoas tapam os olhos preservando na mente os bons momentos iniciais. Mas a nostalgia dura pouco, é o fim. As coisas se resolveram e voltam ao normal ao mesmo tempo, nos preparando para uma nova tsunami de sensações.

Imagino que todos os finais sejam assim. Espirais luminosos que fundem o pincípio ao fim e a energia que a luz consome são os meios. Que os fins justifiquem e apaguem os meios, como páginas rasgadas ou memória perdida... os fones de ouvido dizem agora: Respiro. E eu não estou só! este ponto final é a mais fiel compania.

quinta-feira, abril 02, 2009

E outra vez conquistemos a distância


Do mar ou outra, mas que seja nossa!

(Fernando Pessoa)