sábado, outubro 17, 2009

Dor

Assim como a vela que se acende na escuridão da madrugada aos pés da padroeira - e que dura até onde é capaz - serve para lembrar que deve haver sempre luz, a dor deve nos ensinar algo muito importante.
Seria muito bom se quando estivessemos precisando aplicar uma injeção, aplicássemos nós mesmos. Mas só nos aplicam a agulha que rasga a pele - que se rejenera - porque estamos no hospital, e portanto queremos ser curados pelo que vem dentro da seringa.
Mas nós ficamos realmente bem é quando voltamos do hospital com a calma de quem espera (seja a dor física ou moral ou seja o pássaro que voa e não pede que o vejamos - passa com a mesma tranquilidade).
Nós sempre somos, no fundo, responsáveis pela nossa própria dor; mas tudo no mundo tem algo que cura. Somos todo dia rodeados por remédios, mas basta perguntar a eles o que fazer.

Um comentário:

Anônimo disse...

VocÊ é a cura de minha angústia de sentir que toda palavra de minha boca proferida decodifica-se em matéria flácida, quase morta e incompreensível.

Somos substâncias constituídas pelos mesmos elementos. E assim sempre será.

Abração