A mesma faca que sangra é a que corta e divide o pão. Chora-se de emoção ou de dor, porém, veja: é a mesma lágrima! A ciência cura e mata de uma só vez, protegida por uma única face. Mas, olhe: entre isto e aquilo existem escolhas. E veja o mundo como está!
Só então veja você mesmo. Decida-se, aventure-se em viver, existir e escolher. Corte sempre o pão, chore o quanto tiver de chorar e cure o que tiver que ser curado. Então olhe para você mais uma vez e estranhe-se.
Viver é ser capaz de eclodir e implodir constantemente. Entre o inspirar e o expirar está qualquer coisa - e qualquer coisa é mesmo muito.
Perceba: pão repartido já é pão multiplicado, qualquer lágrima é dádiva para qualquer coisa, e a cura para todos os males é respirar a garantia de que todos respirem. E garanta a pacificidade de um sorriso em qualquer boca.
Então seja você mesmo.
3 comentários:
Amei!
Preciso seguir esse texto na minha vida.
Curti de verdade. merece palmas.
Acho que se a gente soubesse aceitar as coisas como elas são, nossas vidas seriam mais simples, não é mesmo?
Eu adorei esse texto. É o meu predileto.
"e qualquer coisa é mesmo muito."
A chave da beleza da vida!
Muito bom! E andei percebendo que em suas minicrônicas vc tem sido mais explicativo.
Desejo de agradar ao público? kkkk
abraço
Postar um comentário