segunda-feira, dezembro 12, 2011

É DE AMOR QUE O MUNDO VIVE


    Não se engane, amigo, é de amor que o mundo vive. Sem amor à existência, não há vida. (Sim, é preciso amar para estar vivo, e muito mais amor para que se viva, de fato).
    Proponho, pois, um exercício de imaginação: suponhamos que todos os homens e mulheres se odiassem e odiassem a si mesmos. Não haveria entendimento, conversa, ou tempo para o que quer que seja. E então, pouco a pouco, não haveria ser vivo algum. Se não há amor entre eu e o outro, o que me impediria de, em um ataque de raiva ou súbita loucura, acabar logo de vez com esse ser que me olhou torto na fila do pão?
     E, então, sem amor, desapareceriam as filas, os padeiros, os pães, as placas, os sinais, os carros, desapareceríamos. 
     O mundo é mesmo relativo, amigo. O nojo para mim, é a delícia de outras bocas. O meu sol é a lua cheia de um chinês, o meu miojo é uma refeição inteira para quem não tem nada. Mas deixemos a poesia de lado, agora. 
     Nesse mundo de relativos, se faz necessário às vezes estigmatizar, diminuir, exaltar. O amor, caso se fale aos quatro ventos, ganha a conotação de afeto entre dois amantes. Sim, há amor entre duas pessoas que se relacionem. E há amor também nos bom dias, nas mãos que se apertam em um cumprimento, nas filas, nas aulas, nas desculpas, ou nos suspiros de contenção de raiva.
    Digo e repito, é de amor e de paz que vive o homem. É de amor que vivemos, e é de amor que o mundo vive.
    

2 comentários:

Letícia Dantas Sobral disse...

Palmas! \o/

Anônimo disse...

"Deixo-vos apenas um mandamento: que amai a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a ti mesmo."

=)